domingo, 26 de setembro de 2010

AGOSTO



Como fazer parte deste momento com tantos afazeres a dominar!
Com tantos manuscritos soltos em janelas estranhas...
Penso na verdade e ela se pronuncia tão bela, tão maravilhosamente altiva. As verdades costumam ser pacificas, silênciosas. Muitas vezes misteriosas... Abandono de vez as sombras quando a encontro.
Como ela, aprendo a cada dia, e assim realimento initerruptamente forças
Prontas para um possível combate. Os rifles são cuidadosamente      
dispostos em calçadas cobertas de flores, pétalas frescas,tenrras.
E continuo com os afazeres a desdobrar... Prontos a serem acatados avançados por entre feras noturnas acabrunhadas com tanto o que fazer.
Padeci certa vez de tanto pensar o que fazer com as armadilhas penosas e um tanto patéticas, confesso, de pobres calculos.Daí a graça, adivindas dessas escuridões feitas de dor e sangue.
Acabo de receber encharcada de avançada umidade, uma lembrança descontente. Amanhecida de orvalho velho com desagradável odor padecente. Os olhos instintivamente desejaram mariar, pensando inutilmente conserva-la em lagrimas salobradas.

sábado, 7 de agosto de 2010

Cambachirra

Trocou de galho esqueceu
Tempo bom não voltou
No Ipê pousou
Vento ameaçou
Plafuniê pra aquecer
Gente de mais, tá bom
E vai e vem, Abil não tem
Quintal pra quê,dá de comer
Naquele chão não vou
Desço depois...
Palha pra dois...

Tamarineira prometeu pensar
Passou da hora
Decidiu fechar
Perdeu o céu a paz
Mais doze horas pra ver
Tempo ruim vai fazer
Se o gavião passou,
Sabiá chorou...

Diamantes de poeira
O sabor da manhã
Aroeira molhada
Curou com hortelã e amor
Foi mais um dia assim...
Tudo vi daqui
Canto pra subir...
Direto Paracambi
Cumieira sem fim

A Cambachirra
Volita leve, permeia,
Semeia o ar
Cisca um cambucá
E outros quantos terá?
Cansa da dança, descansa
Vai pousar!


* Música: João Sholl; Letra: Renata Macedo.